O Rio de Janeiro aumentou sua fatia no Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE. A contribuição da capital passou de 5,2% para 5,34%, recuperando-se parcialmente da queda registrada entre 2013 e 2014.
O Rio se manteve com a segunda maior contribuição entre os 5.570 municípios. Assim como no ranking dos estados, perde para a capital paulista, que contribuiu com 10,59% da geração de riqueza do país em 2015.
O relatório também revela que a atividade econômica permanece concentrada nos grandes centros no país. Em 2015, as sete maiores cidades produziram cerca de 25% do PIB nacional. Em contrapartida, o grupo dos 1.353 municípios menores responderam por apenas 1% da economia brasileira.
Apesar dos indicadores de concentração de riqueza, os dados de 2010 a 2015 mostram que, aos poucos, a atividade tem se distribuído mais pelo interior. Em 2010, 34,4% do PIB era concentrado nas capitais. Em 2015, esse percentual era de 33,1%.
O primeiro ano da recessão de dois anos pela qual o país passou também fez o tamanho da economia fluminense encolher em relação ao restante do país. O peso do Estado do Rio de Janeiro na economia nacional encolheu 0,9 ponto percentual na passagem entre 2014 e 2015 — a maior queda entre as 27 unidades da federação.
Com PIB de R$ 659 bilhões, o Rio respondeu por 10,8% de tudo que foi produzido no Brasil em 2015, quando a economia brasileira encolheu 3,5%. Esse é o pior desempenho fluminense desde pelo menos 2010, série histórica mais recente do levantamento do IBGE.
O estudo destaca a perda de dinamismo de alguns municípios da região, por causa da crise do setor de óleo e gás. “Os municípios do Estado do Rio de Janeiro, Campos dos Goytacazes, Cabo Frio e Rio das Ostras, perderam participação em função dos resultados da extração de petróleo e gás”, afirma o IBGE.
O Estado, no entanto, se manteve na segunda colocação do ranking de unidades da federação mais relevantes do país, atrás de São Paulo, que expandiu sua importância em 0,3 ponto percentual e contribuiu com 31,5% da geração de bens e serviços daquele ano. (de O Globo)